Movidas por esse sentimento (que quase sempre nasce de alguma crise profunda) muitas mulheres partem para uma busca por sentido e valor, por um significado mais profundo e verdadeiro do “ser feminino”. Inspiradas nesse anseio, outra jornada tem início: a do autoconhecimento e da autodescoberta. O que essa jornada representa e o que ela revela? Representa a exploração da dimensão interior e a busca pela verdade pessoal, e por fim, revela qual o propósito de vida nessa existência. O número de mulheres que se envolvem na descoberta de sabedorias do sagrado feminino e de práticas que proporcionam uma maior e melhor compreensão sobre si mesmas, aumenta na medida em que o “vazio” interior se torna insuportável face a desconexão com as virtudes e os princípios inerente ao feminino, desconexão pro causa de visões e crenças equivocadas sobre o feminino.
As mulheres mais incontentes e ao mesmo tempo buscadoras, almejam saber sobre o que universo reserva para elas. Com efeito, o interesse para reaver e tomar consciência daquelas características e habilidades que uma vez anuladas ou anestesiadas geram sofrimento e doença, norteia seus caminhos. Uma vez focadas na importância dessa descoberta elas começam a recobrar a intuição, a respeitar os ciclos, a integrar círculos e grupos de compartilhamento e a viver a dimensão lúdica e bela por meio das artes, especialmente da dança. Por outro lado, outras ainda vivem na angústia, na solidão e deprimidas pelo desconhecimento de suas dores, pela desconexão com seu interior e conformadas com uma vida árida e sem poesia, sem beleza, sem ritmo, sem… feminino .
Mulheres heroínas, guerreiras, protetoras, defensoras, anciãs, amantes, nutridoras, belas, filhas, mães, geradoras da vida e responsáveis pelo despertar espiritual dos homens : Todas são sobreviventes dos desafios de ser mulher numa sociedade doente e sofrida pelas marcas e registros de tempos idos, vividos através da cultura e das informações impressas no DNA. Vivemos uma vida cotidiana cheia de pressões sociais de todo o tipo, de induções, decepções, massacradas por uma mídia hábil na produção de estereótipos sobre o que é “ser” feminino (ou masculino). Modelos comportamentais e estéticos idealizados e ditados por interesses alheios arbitram o que deve ser valorizado e vivido. E quem não estiver o minimamente emancipada e de posse de certa autonomia de pensamento, fica vulnerável a essas “modelagens”.
O despertar é necessário, pois como mulheres carregamos um poder dentro de nós único que quando na sombra, também gera em toda a sociedade a desconexão, o desinteresse e a desvalorização do essencial.
No entanto, uma vez fiadas na luz, descobrimos que é na mulher que habita a centelha que dispara o fogo da compaixão e da empatia, o fogo coesivo que acolhe e nutre as diferenças. Mas vivemos os velhos e atuais dilemas que parecem nos dizer o tempo todo que, ou fazemos uma coisa, ou fazemos outra. Vejamos: É possível ser bem sucedida na carreira e ao mesmo tempo cuidar da família com amor? É possível dar conta das necessidades daqueles que de nós dependem e ao mesmo tempo ter tempo para cuidar de si mesma, ou antes, ser independente? Como ouvir a intuição que vem do âmago do nosso Ser e manifestar suas inspirações sem com isso, prejudicar a vida prática? Como manifestar qualidades como compaixão, generosidade e empatia numa sociedade ainda influenciada pelo aspecto negativo e tirano da herança patriarcal, na qual as próprias mulheres ignoram a sua feminilidade por medo de perderem seu poder de influencia nesse meio.
É através de nós mulheres mães que todos os seres humanos nascem nesse planeta. Carregamos dentro do nosso útero os mistérios que conecta nosso corpo físico com o cosmos, nascimento, mistérios do nascimento e renascimento. Uma vez conscientes de todo esse “poder” recordar, reconhecer e ativar a beleza que é ser mulher, desenvolvendo a auto compaixão e o auto amor para liberar e curar as memórias de abusos, os traumas e o conjunto de crenças seculares que ainda interferem nas novas gerações sem que percebam isso de modo claro.
A Jornada da Heroína: Reconsagrando o Divino Feminino
Maureen Murdock no livro “A Jornada da heroína” sugere um mapa que delineia alguns ciclos de desenvolvimento do psiquismo da mulher, como um percurso de iniciação até a mulher se tornar adulta, independente e segura de seus poderes e beleza. Esse processo se dá ao longo dos ciclos que a mulher passa e repassa durante a vida, independente de idade, cultura ou religião. Conhecer e reconhecer esses ciclos e interagir com as emoções das experiências de cada um, possibilita uma transformação continua e consistente por meio da reconexão com a intuição e com a sabedoria sagrada. Assim investida, a mulher plena integra todas as experiências à luz da consciência pura.
Se apropriar das experiências é uma maneira de nos apropriarmos da beleza que é ser mulher, é a chance que temos de reconsagrar o feminino em cada etapa da vida, com suas dores e vitórias no caminho da auto-realização.
Reconhecer o Sagrado Feminino envolve etapas diversas, é como uma alquimia interna que transforma os conteúdos rejeitados em sabedoria.
RETIRO
A vivência dessa jornada rumo à reconexão e integração da Sabedoria Sagrada do Divino Feminino poderá ser experimentada através de retiros e workshops oferecidos ao longo do ano. Nessas imersões será possível acessar o Divino Feminino por meio do corpo (com danças, movimentos de expressão e cantos ancestrais) como também por meio de meditações e visualizações, além da confecção de material de cartas de colagens, como oráculo da alma e de diálogos pelos processos de criatividade profunda.
Estamos propondo um retiro composto pelas seguintes etapas:
- 1- Sintonia da mulher com a energia da natureza e com a Fraternidade Sagrada Feminina. Sintonização e reconhecimento pessoal na linha da vida baseada na releitura do Mapa da Heroína.
- 2- Purificação do corpo, mente e psiquismo: limpeza de memórias e registros ancestrais do coletivo e do DNA, auxiliando cada mulher na recuperação de fragmentos da essência perdida pelo tempo. Ritos com o elemento fogo e exercícios de purificação baseados nas tradições ancestrais.
- 3- Reconexão com a força criadora Shakti o poder consciente e inteligente do amor e da vontade: vamos aprender a canalizar essa energia para autoproteção, para a criatividade espontânea e para a auto cura por meio de meditação, arte profunda e dança. Shakti é a essencia feminina e criativa, a fertilidade, a nutrição, a sustentação, a agente de toda mudança e cura.
- 4- Integração das qualidades das deusas de cada mulher e o reconhecimento dessas enquanto arquétipos na vida cotidiana. Experimentaremos a integração com tudo que nos cerca pela expansão do Amor-sabedoria na ação com a prática de meditações e danças dedicadas. Após essa imersão no Amor-Sabedoria, encerramos com a Consagração Final.
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PROGRAMA
Sintonização
- Sintonização e reconhecimento pessoal na linha da vida de acordo com do Mapa da Heroína.
- Trabalho com as cartas de SoulCollage nos ciclos e diálogos internos com os ciclos.
- Corpo em movimento, arte, dança e expressão dos ciclos no mapa de cada heroína.
Purificação
- Purificação do Vaso Sagrado: Rito com o fogo para transformação das dores em perdão e autocompaixão. Transformação de energias represadas pelas memórias e dores em força criativa e movimento.
- Meditação Sagrada da Confraternidade Feminina Universal de purificação
- Danças de purificação
Reconexão
Reconexão com o Feminino sagrado energia criativa e nutridora em ressonância com a Terra, elemento de transformação e ancoramento.
Arte expressão: moldando a terra com sabedoria e beleza, transformando emoções em ações no mundo, colaboração.
Águas que purificam, canções para alma e coração, saberes ancestrais tecendo novos caminhos.
Lavando as águas da emoção com danças, movimentos e compartilhamento
Meditação de reconexão com a energia sagrada de Shakti e da confraternidade Universal Feminina
Integração
Jornada interior com visualizações e expressão criativa pela arte, música, escrita.
Meditação de benção e expansão para a criação do projeto pessoal
Fechamento
Para os retiros a seguir a estrutura proposta:
Sexta-feira
16 horas- Boas vindas e conversas de abertura
18 horas meditação de sintonização com a Confraternidade Sagrada feminina
19 horas -Jantar
20 horas – conversas na fogueira e reflexão para purificação